Monday, November 12, 2007

itsafever

Nem tenho o que dizer e nem tempo para dizer nada.

WEAREDISABLED é o nosso primeiro passo.

Entre agora para posts mais constantes, mais discos, maior diversidade musical e mais mais. Repito: primeiro passo.

WEAREDISABLED
WEAREDISABLED
WEAREDISABLED

Declaro o fim do itsafever. Obrigado a todos que passaram por aqui, baixaram os discos e, principalmente, comentaram. Entrem na nossa (minha e do Polaroid Rainbow, Six) nova empreitada e sintam-se à vontade.

Sunday, November 11, 2007

123

O festival do Terra tinha o line-up mais óbvio de todos os tempos: Lily Allen, a musa Spice Girl indie; Kasabian, o Stone Roses/Oasis dos modernos; Rapture, o post-punk pós Strokes, Tokyo Police Club, o Strokes pós-Strokes; CSS, a volta após várias turnês mundiais; e o Devo, aquela banda engraçadinha dos anos 80 que toca em toda festa.

E realmente não tive surpresas grandes demais, porém, vou citar algumas:

CSS: O show foi bom, apesar do péssimo som daquele galpão (não era possível ouvir uma guitarra ou baixo). O som nunca é a questão primordial desses shows. Mas o que eu estava tentando entender era: por que a massa cantava tudo daquele jeito? Estourar lá fora não é motivo suficiente, acho eu pelo menos. E cheguei a uma conclusão com a ajuda da própria Lovefoxxx. Ela é uma versão da Xuxa do morro indie (no final ela fala Xou da Xuxa umas 3 vezes, mas não dava pra entender nada). E fazer músicas que remetem à Xuxa é fazer com que a massa reconheça algo verdadeiramente brasileiro, além das referências de um funk sutil. Esse é o meu elogio ao CSS.

Devo: Eles têm quase 60 anos e aparentam suas idades. Na minha cabeça vinham imagens de 5 Fernandos Henriques Cardosos fazendo coreografias, pulando, cantando, rasgando roupas, usando um chapéuzinho vermelho, sendo cínicos, irônicos, ingênuos e despretensiosos. Não se levar a sério não quer dizer burrice. Muito pelo contrário. Grupos têm muito a aprender com eles.

The Rapture: É possível ver a evolução do grupo de um disco para outro. E agora também de um show (TIM de 2003) para outro. Saem os falsetos de todas as músicas para entrar um vocal cantado de verdade. Baixos tão graves que se tornam inaudíveis, apenas sentidos. Dance music de qualidade.

Thursday, November 08, 2007

nomes fodem

Sambassadeur
Migration


"Com tudo nós nos acostumamos", disse o personagem nos dias em que sua mãe morreu. Pelo menos é assim que eu me lembro. Não sei se foram com essas palavras. Ele não chorou uma lágrima e recebeu olhares julgadores, mas as coisas iam piorar.

Eu gosto de uma correria de vez em quando. De dormir pouco e fazer dez mil coisas em um dia. No final de um dia cansativo, ainda tenho vontade de escrever qualquer besteira sobre música. E deveria estar bem claro já que nada aqui é original pelo simples motivo de eu não acreditar minimamente na originalidade.

Não sei exatamente porque estou falando isso. Sei que dormir pouco sempre age no meu modo de raciocinar. São quando as áspas menos fazem sentido, falta habilidade para separar as coisas e as pessoas. E eu gosto disso. "I was dreaming in the driver's seat/When the right words just came to me/And all my finer feelings came up". A identificação com as palavras certas e vazias que sobem aqui é relativamente algo fácil de acontecer.

AH. Migration é meio que uma fanfarra folk sueca.

Saturday, November 03, 2007

it's Saturday, the evening's come

The Clientele
Suburban Light


Antes de God Save The Clientele [2007], antes ainda de Strange Geometry [2005] e mais antes de bom ainda de The Violet Hour [2003], os londrinos do Clientele lançaram a coletânea de singles Suburban Light [2000]. E vou te dizer, se você gosta de todos esses discos e nunca ouviu Suburban Light, baixe agora. Se você nunca ouviu Clientele direito de um modo geral, eu recomendo Suburban Light. Eu recomendo Suburban Light a qualquer momento da minha e da sua vida.

Eu amo o jeito que a garoa cai e não molha, deixa só uma crosta de umidade no cabelo. Como ela cai pouco a pouco no rosto e refresca, embaça os óculos e é inofensiva. Garoa não humilha nunca, ela justifica a cidade. Para mim deveria ser proibido fazer mais de 25 graus celsius em qualquer cidade grande. A garoa seria obrigatória. Não todos os dias, obviamente, mas em três meses no mínimo.

Suburban Light é três meses de garoa. A chuva é um tema mais que recorrente no disco todo. As influências são urbanas e somente urbanas. O clima é de Velvet Underground, o vocal de Alasdair MacLean é triste, mas não depressivo. Parece que realmente choveu por 3 meses em Londres e o Clientele ficou ilhado num estúdio no trigésimo andar de um arranha-céu. Ilhados, só restou fazer singles. Treze no total.

How I long to live inside a window
By the sighing motorway
Feel the city searching for my loneliness
In all the dust and glass
Reflections after Jane

Thursday, November 01, 2007

Sabe, a Emily Haines & The Soft Skeletons é muito melhor que a Feist, por exemplo. Knives Don't Have Your Back, disco de estréia de Emily, também vocalista do Metric e backing do Broken Social Scene, é lindo. Sempre acompanhada de seu piano, suas canções são baladas simples e bem diretas, e sua voz inconfundível se arrasta de uma forma muito charmosa.

What is Free to a Good Home? é um EP com 6 músicas lançado alguns meses atrás. No mesmo estilo do seu disco, o EP não traz um hit como "Our Hell" ou "Doctor Blind", mas vem recheado de mais belas baladas tristes, inclusive com um final meio dub em "Mostly Waving". De vez em quando parece uma simplicidade e tristeza que só o Elliott Smith conseguia extrair de poucos instrumentos e poucas notas. São só belíssimas canções. Não quero mais.

Sunday, October 28, 2007

guitars

Cats and Cats and Cats/ This Town Needs Guns
Split LP


Meses atrás eu postei o Maps + Atlases, banda americana que fazia um math-rock numa levada mais pop. Apesar de complexo, o som deles é leve com guitarras incansáveis que mais pareciam teclados.

E ouvindo esse split do Cats and Cats and Cats com o This Town Needs Guns, bandas da gravadora Big Scary Monster, o que vem à cabeça, além desse math-rock mais palpável, é o Youthmovie Soundtrack Strategies (Youthmovies), banda que "estourou" alguns anos atrás no "underground" inglês trazendo guitarras prog, vozes melodiosas, uma pitada de post-rock e mais um pouco de guitarra, e mais um pouco, respirando pouco.

O Cats evoluiu nas suas músicas, são mais complexas e não caem em clichés post-rock como seu EP Victorialand caía de vez em quando. E o This Town Needs Guns traz de leve o emo norte-americano dos anos 90 consigo. Vale a sua curiosidade.

Friday, October 26, 2007

pavementee

Era exatamente disso que eu precisava. Malkmus não me decepciona nunca.


(...)


E vendo esse ao vivo (mais um link do pitchfork), eu tive a certeza que o Nastanovich sempre entendeu o Malkmus. Ver os dois juntos assim é uma alegria pra mim, de verdade. Cena perfeita do Bob Nastanovich indo buscar alguém para dançar com ele no palco. A cabecinha descendo as escadas. Perfeito. Bom final de semana. "awesome weather".

Thursday, October 25, 2007

Los Campesinos!
The International Tweexcore Underground


Vamos terminar logo com todos esses posts twee aqui, né. Chega!

De vez em quando eu acho eles meio babacas. Mas "The International Tweexcore Underground", a música, é finalmente um segundo single da banda galesa. Um não tão bom quanto "You! Me! Dancing!", mas uma canção mais trabalhada que qualquer oura deles. Ela vem com várias referências do underground americano, de como eles não cresceram ouvindo Calvin Johnson ou Ian MacKaye e cresceram bem até (e agora são do Los Campesinos!). Meio babacas. "C Is The Heavenly Option" vem no estilo de sempre deles e "Police Story", terceira e última faixa, é pesada e em "one take", querendo ser "Serpentine Pad" do Pavement. ok.

Tuesday, October 23, 2007

epitaph

ah, mas assim não é possível!

deixem os nerds em paz. [leave the nerds alone]

Sunday, October 21, 2007

everyday...everyday...

Acabou a LUZ domingo à noite. A janela do meu quarto tava aberta, e eu pude ver os prédios da vila todos iluminados, acho que rola um gerador por lá, continuava ventando sem parar e trovejava, também sem parar. Só me restava deitar e esperar. Não conseguia pensar em fazer outra coisa. Coloquei meu fone de ouvido, liguei o ipod e fiquei vendo as sombras na parede; os trovões refletiam em todo o quarto escuro. E por cinco segundos eu achei que o mundo ia acabar. Mas nesses mesmos cinco segundos eu tinha certeza que o mundo não ia acabar. Que besteira. E foi incrivelmente reconfortante ter certeza de que o mundo não ia acabar. Parece mais um sentimentalismo meu. Claro que é. Mas era também uma certeza que não dependia de pessoas. Por isso tão certeza e tão reconfortante. Eu queria dormir e acordar no meio da madrugada, tomar um banho e ficar esperando o Japão chegar. Mas a luz chegou antes, meu abajur acendeu de repente e sumiu com os trovões da parede.

(Vá aqui e baixe Toothbrush, essa obra prima lofi um pouco tardia)

Thursday, October 18, 2007

Daughters and Suns Aqui

The Owls
Daughters and Suns


Então, ontem mesmo vazou o Daughters and Suns, por isso não ouvi muitas vezes ainda e não tenho muito o que falar.

São 14 faixas que seguem o mesmo estilo de Our Hopes and Dreams: um indie pop não tão indie e nem tão pop. As letras de Allison LaBonne seguem no mesmo estilo estranho, sua voz meio à Emma Pollock (Delgados) também, obviamente, e somados aos pianos e violão, aparecem belos teclados, baixo mais notável aqui e ali e arranjos mais elaborados. Mesmo no single "Peppermint Patty", o clima pra cima não é totalmente pra cima. The Owls e seu primeiro disco, Daughters and Suns, mostram aquele solzinho entre nuvens pesadas, com as luzes furando com certa dificuldade tufos grossos de nuvem cinza e branca. Luzes que não vão te cegar de otimismo, pro bem ou pro mal. Disco saudável esse. Bonito. Legal. Tchau.

Wednesday, October 17, 2007

oh, you must/have misunderstood

The Owls
Our Hopes and Dreams


Daughters and Suns é o nome do primeiro disco do The Owls [Magic Markers]. "Peppermint Patty" é o primeiro single do disco e Our Hopes and Dreams é um EP lançado em 2004 e muito pouco falado por ai, por isso posto hoje aqui.

Gosto quando as bandas conseguem dar bons nomes aos discos e às músicas. Dar referências. E Our Hopes and Dreams acho que diz muito sobre as oito músicas que você encontra nele. O som é bonito com os belos vocais de Allison LaBonne, tem vocais masculinos, pianos e violão, tudo calminho e bonito.

Vamos dizer que o Owls é indie pop.

Agora vamos dizer que eu ouço Elton John aqui, Moldy Peaches em todas as faixas, um Velvet aqui e ali, boas doses de folk e até um pouco de Fiery Furnaces na linha um pouco estranha de "Baby Boy".

"People like you, it's all you can do,
Not to take the chick for the cluck.
You think the more that you say,
the more that you do, that's

Luck"

Cadê Daughters and Suns?

Sunday, October 14, 2007

i was young and i was stupid...



...i had just turn seventeen

but still i'm happy i hitched my apple wagon to your star.

=)

Friday, October 12, 2007

the season has arrived



Para celebrar três dias em casa, três domingos que cairam como uma dádiva divina. Tinha que ter Belle & Sebastian em algum momento. Eu amo "I'm Waking Up To Us". Junto com "Jonathan David", esse single é a ponte entre os primeiros quatro discos e o que vem depois pela Rough Trade. Tão me sentindo bem estou que até esqueço que estou suando 15 litros por segundo. Mentira.

por que batman?



Realmente não sei de onde vem minha fascinação pelo British Sea Power, mas o show deles tem uma boa parcela de culpa. Saber que eles são fissurados pela costa britãnica também. E mesmo com canções simples eles conseguirem algo tão grandioso, também. A não voz do vocalista, o tecladista que sai tocando bumbo pelo palco, o baterista que segura a baqueta bem no meio dela e essas folhas jogadas no palco também. Seilá mesmo...Vou procurar mais vídeos para postar nesses dias de descanso.