I've got mistaken for stranger...by my own friends
Acho que há muito o que falar sobre o Boxer, mas eu vou trocar qualquer discurso sobre o disco por um post sobre os dois black sessions que a banda gravou, o primeiro no final de 2003 e o segundo em maio de 2005.
Troco porque acho que esses dois ao vivos servem para todos: para os fãs, para os que não conhecem, para os que amam Alligator, para os que estão amando Boxer e assim por diante.
E antes de mais nada, é sempre bom ressaltar que o Black Session é um programa de rádio francês conduzido por C'est Lenoir, onde diversas bandas com um certo nome vão gravar um show. E é de se estranhar, sim, o fato do National ter gravado dois shows em menos de dois anos já. Mas os franceses adoram o National e não sem motivo. O tom Nick Cave e certa sofisticação no som da banda dá um clima francês para tudo isso, além de uma pitada alt country e sem esquecer das belas guitarras caracterísitcas de bandas de NY.
O primeiro ao vivo é todo em torno dos dois primeiros discos da banda, The National (2001) e Sad Songs For Dirty Lovers (2003), com ainda "All the Wine" e "Lit Up" em versões cruas, e "Pretty Forever", música nunca lançada pela banda. O tom mais alt country e sadcore dos primeiros discos se esconde um pouco na energia de um show do National e nos gritos de Matt. "Son", "Slipping Husband" e "Cold Girl Fever" estão entre as minhas preferidas, fora músicas do EP Cherry Tree (2004), como "Cherry Tree" e "About Today".
Já o de 2005 é todo Alligator, com exceção para "Cherry Tree" e "Wasp Nest", músicas do EP. E também não sem motivo. Alligator é muito mais consistente, menos sadcore e com guitarras mais presentes, impecável do começo ao fim e que foge um pouco do som dos primeiros discos e que agrada facilmente muita gente.
Pegue agora esses dois shows e se delicie nesse som ao vivo, que podem não ter a mesma qualidade dos discos de estúdio, mas que vai te fazer entender melhor essa banda que vai dar muito o que falar esse ano. Finalmente.
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