The National - Live at Troubadour, LA (Oct 11 2006)
Depois de muitos meses sem ir a nenhum show e perder bons shows no Brasil, finalmente chegou minha hora. Claro que vou dizer que valeu a espera. Pronto, disse. Mas vamos pular essa apresentação babaca.
Troubadour é o nome da casa onde o National iria tocar. Era minha primeira noite em Los Angeles e lá fui eu sem saber o que esperar. Mas não poderia ser melhor, o lugar é pequeno e aconchegante. E, acompanhado por pouco mais de 100 pessoas, vi a banda de quase tiozinhos, todos com entradas de semi-careca, tocar 10 músicas do Alligator, umas cinco novas e três de outros discos.
Com o setlist fica claro que não só eu e todo o resto, mas eles também acham Alligator, seu último disco o mais consistente, o mais bem trabalhado e o disco que vale a pena mostrar mesmo. Enquanto os irmãos guitarristas dedilham e agitam com perfeição, sem precisar conversar ou trocar olhares, o tecladista/violinista é o que mais se empolga e empolga, tocando seu violino como se fosse um guitar hero. A bateria e o baixo, também tocado por irmãos, são bem sutis, mas que explodem aqui e ali. E Matt Berninger na frente, segurando o microfone sempre do mesmo jeito, olhando pro teto e ficando vermelho, roxo ao se empolgar, não desnecessariamente.
No National tudo é tão normal e natural que assusta. Todos os instrumentos estão no lugar, estrutura de verso refrão certinha, tudo bonito e limpo. O resultado é um American Music Club muito pop e com refrões que grudam. Não há epaço para vestir ternos caros, fingir uma bateria à trail of Dead ou violinos Arcade Fire. Como sou sempre clichê, vou falar: Eles são seus vizinhos que passam despercebidos, vão pro sótao e fazem algumas músicas. De repente eles não estão mais pela vizinhança e você pergunta: "Hey, Matt, onde você estava no final de semana?". "Ah. Estava a trabalho em Los Angeles"
Entre as maravilhosas músicas de Alligator (eles só não tocaram Friend of Mine, City Middle e Val Jester), teve "Cherry Tree" e quatro novas. "Karen" veio mais devagar e "Mr November" gritado por tudo e por todos, aplaudida por mais de um minuto e a penúltima música do set. No bis, músicas antigas. "Cold Girl Fever" numa roupagem Alligator, "Murder me Rachel" como deveria ser e mais uma inédita.
As fotos digitais não ficaram boas, então, fique com um minuto e cinquenta e dois segundos de Baby, We'll Be Fine. Uma das músicas mais fodas do ano passado. O vídeo é estranho e tudo o mais, mas veja inteiro, o som não está tão ruim e de vez em quando aparece alguém.
Monday, October 16, 2006
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