sha la la la la la la la la...uhhhhh
Ontem eu fui dormir ouvindo uns 4 discos do Neil Young. Resolvi postar Comes a Time por um motivo: ele não é o meu disco preferido (e qual seria?), mas é que eu tinha certeza que não conseguiria dormir enquanto "Lotta Love" não tocasse. Batata. Não dormi até o final de Comes a Time, depois não me lembro direito. Sei que dormi mal essa noite. Fiquei pensando mil coisas. Fiquei pensando que Neil Young não é exatamente country, nem exatamente folk, também nem rock'n roll. Dai lembrei que ele é canadense. Mas o que é o Canadá, exatamente? Pior que essa pergunta só se fosse pra definir o Brasil. Há memórias sobre o Brasil, como deve haver sobre o Canadá. Há legados e teorias. Sei que sim. Mas eu nem saberia por onde começar. E, no final das contas, é só esse tipo de memória que conta. Não entendo. Mas qualquer coisa que eu falasse sobre a história do Brasil seria plágio. Alguém já o fez de uma forma mais completa, certo? Isso é só um exemplo, não sou historiador. Mas, voltando, no final das contas o que vale é a memória. E memória é um negócio complicado porque a gente não escolhe. Não são só as coisas profundas e bonitas que ficam, que queimam atrás dos seus olhos, os trocadilhos babacas, as piadas e as mortes também teimam em reaparecer. A verdade é que alguém já falou, tentou explicar, ou já explicou de uma forma bastante completa sobre praticamente tudo que há por ai. E pensar assim me deixa bem. Fico mais tranquilo em ouvir Neil Young pelo resto da minha vida. Poder deitar numa rede e ouvir todos os seus discos sem preocupação. Começar com "Going Back", ouvir a estraçalhadora de corações "Lotta Love", a country "Peace of Mind" e terminar com "Four Strong Winds". Sem amadorismos e nenhum excesso, Comes a Time é lindo em sua simplicidade.
"I feel like goin back
Back where there's nowhere to stay
When fire fills the sky
I'll still remember that day"
Back where there's nowhere to stay
When fire fills the sky
I'll still remember that day"
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