Tuesday, September 04, 2007

sha la la la la la la la la...uhhhhh



Ontem eu fui dormir ouvindo uns 4 discos do Neil Young. Resolvi postar Comes a Time por um motivo: ele não é o meu disco preferido (e qual seria?), mas é que eu tinha certeza que não conseguiria dormir enquanto "Lotta Love" não tocasse. Batata. Não dormi até o final de Comes a Time, depois não me lembro direito. Sei que dormi mal essa noite. Fiquei pensando mil coisas. Fiquei pensando que Neil Young não é exatamente country, nem exatamente folk, também nem rock'n roll. Dai lembrei que ele é canadense. Mas o que é o Canadá, exatamente? Pior que essa pergunta só se fosse pra definir o Brasil. Há memórias sobre o Brasil, como deve haver sobre o Canadá. Há legados e teorias. Sei que sim. Mas eu nem saberia por onde começar. E, no final das contas, é só esse tipo de memória que conta. Não entendo. Mas qualquer coisa que eu falasse sobre a história do Brasil seria plágio. Alguém já o fez de uma forma mais completa, certo? Isso é só um exemplo, não sou historiador. Mas, voltando, no final das contas o que vale é a memória. E memória é um negócio complicado porque a gente não escolhe. Não são só as coisas profundas e bonitas que ficam, que queimam atrás dos seus olhos, os trocadilhos babacas, as piadas e as mortes também teimam em reaparecer. A verdade é que alguém já falou, tentou explicar, ou já explicou de uma forma bastante completa sobre praticamente tudo que há por ai. E pensar assim me deixa bem. Fico mais tranquilo em ouvir Neil Young pelo resto da minha vida. Poder deitar numa rede e ouvir todos os seus discos sem preocupação. Começar com "Going Back", ouvir a estraçalhadora de corações "Lotta Love", a country "Peace of Mind" e terminar com "Four Strong Winds". Sem amadorismos e nenhum excesso, Comes a Time é lindo em sua simplicidade.

"I feel like goin back
Back where there's nowhere to stay
When fire fills the sky
I'll still remember that day"

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