Wednesday, September 20, 2006

havers and needers

Hoje o negócio é simples. Vamos falar de chatice e chatice e chatice. Eu sou chato duplamente, eu sei. Eu não sou um cara muito legal e simpático e, quando alguém vê algo em mim além dessa minha chatice, eu mostro minha chatice com as coisas e com tudo. Mas há muita gente assim no mundo. Não é essa a questão. O que me incomoda é o ser chato por ser chato, tratando os outros como estúpidos.

Agora vamos falar do Pitchfork (hah) e seu review sobre o novo EP do Dr. Dog. "For those FEW of you salivating for the follow-up to Dr. Dog's Easy Beat", assim John Motey começa a resenha. Ele quis dizer: "Nós demos nota quatro, então são poucos que estão salivando por coisas novas do Dr. Dog, claro". OK. Passou. Dai ele começa a falar da falta de inovação da banda: "Dr. Dog lack the vision to synthesize their influences and create an inimitable SOUND OF THEIR OWN". Se eu participasse de um "Qual É a Música?" e tocassem qualquer música do Dr. Dog com uma, duas notas, eu saberia a resposta.

Mas, MAS, também acho que não é essa a questão. Meu problema é com alguém que baseia uma análise de um EP na falta de inovação, ou em como a banda soa como Beatles, Beach Boys e Electric Light Orchestra sem barulhos de laptop, esse alguem não gosta de música.

Eu concordo que as duas primeiras músicas, que vão estar no proximo disco, são as melhores do EP, claro. Concordo que algumas letras são realmente ingênuas e ultrapassadas, mas, eai?

Para concluir, aqui vai minha velha teoria sobre ORIGINALIDADE. Se é um caso raríssimo de um em um bilhão, ainda há cerca de seis, sete casos semelhantes ou iguais no mundo. E resenhas como essas eu já li aos milhares. Mas minha chatice é proporcional à minha não-preocupação com essas coisas. Por isso, estou aqui numa bela tarde de outono ouvindo Dr. Dog e fazendo o que gosto: ser chato.

ps.: vai lá no polaroidrainbow e baixa o novo EP do Dr. Dog e goste ou não.

No comments: