Thursday, July 27, 2006

And I've written pages upon pages
Trying to rid you from my bones

Quando ouvi Decemberists pela primeira vez, mais precisamente o Her Majesty The Decemberists, eu fiquei pensando: que porra é essa? Meio alt. country, mas não é; não é indie nada; e não sabia de mais nada e pensei: foda-se, gostei. Hoje em dia eu digo: é um Grant Lee Buffalo doismilizado. Enquanto Grant Lee tinha o pé no alternativo americano, com riffs e um clima glam; os Decemberists usam teclados, sopros e mudam o ritmo constantemente, lembrando o indie indie que aparece no Fiery Furnaces (?!?!) e mais um Neutral Milk Hotel.

Como todos dizem(e eles também), os Decemberists fazem uma música de teatro, de palco. O foco de luz começa só no banquinho de Colin Meloy, que introduz o disco(peça) cantarolando uma historinha, para uma entrada triunfal do restante da banda no refrão. Está dado o primeiro passo. Dai em diante, as letras complexas e pretensiosas formam imagens totalmente teatrais e meio surreais e tomam conta de minha cabeça. As histórias, contadas numa melodia dura, de repente caem num refrão melódico e lindo, deixando o coração mole e a cabeça mais relaxada. E nesse ritmo os discos (Her Majesty..., e Picaresque) caminham, conquistando de vez essa pessoinha que nada entende de teatro, mas que gosta de deitar e imagina

"Meet me on my vast veranda
My sweet untouched Miranda

and while the seagulls are crying

we fall but our souls are flying" The Decemberists - We Both Go Down Together

Acho sensacional esse final de música. Gosto das pessoas puxando as almas para fora do palco. De vez em quando a alma precisa de um empurrãozinho.
(...)
Primeira mão? Decemberists em Curitiba? Death Cab For Cutie? Lúcio Ribeiro? Não interessa, vou perder tudo. Boa Viagem.
(...)
Baixe o Decemberists ao vivo na KCRW
songs:
Intro
Infanta
Los Angeles, I'm Yours
Here I Dreamt I Was an Architect
Interview
The Engine Driver
Eli The Barrow Boy
Mariner's Revenge Song (cortada)

The Decemberists - Live on KCRW

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